4/1/1980 - Fui à Direção Geral do Ordenamento e Gestão Florestal oferecer os préstimos do Grupo para colaborarmos na campanha nacional para salvar o lince a Serra da Malcata. Adiantei os nossos objetivos acerca da Tapada da Cavandela. Mostraram-se receptivos.
Fui também À Secretaria de Estado da Cultura ( Gabinete de Literatura) informar-me da possibilidade de obtermos um apoio para a publicação do Boletim Informativo. Volto oportunamente com um pedido de apoio em ofício.
Telefonei ao Fernando Maruta. Ainda não sabia nada sobre a Tapada. Pedi-lhe que telefonasse ao Sr. João Colaço para colher informações sobre a situação real . Este disse que a questão jurídica da terra não estava ainda definida. A herdade onde a Tapada se insere continua a ser propriedade dos seus titulares embora a UCP faça a sua exploração. Nesta indefinição , a posse da terra pode voltar a todo o momento para os seus proprietários.
Ao que consta a UCP parecia ter vontade de transformar a Tapada em fonte de receita desenvolvendo aí uma exploração pecuária com base nos gamos.
Foi-nos sugerido o contacto com a Câmara para se saber da sua disponibilidade para expropriar a área da Tapada com vista a ser criado um parque natural para proteção dos gamos e de outras espécies .
Pedi ao Fernando Maruta para falar com o Presidente. Em contacto com o mesmo , este garantiu a abertura da Câmara a este propósito e pediu-nos que lhe fornecêssemos um parecer favorável do organismo oficial competente que justificasse a utilidade publica do ato.
Iremos desenvolver contactos nesse sentido.
Enviei cartas para o Presidente da Câmara, para o Prof. Abílio e também as inscrições para o Encontro de Associações em Santarém.
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